
É amplamente reconhecido que a redução de emissões provenientes do desmatamento poderia corresponder a um terço da diminuição das emissões de gases de efeito estufa necessária até 2030 para o planeta não aquecer mais de 2ºC. No entanto, proteger e gerenciar as florestas de forma prudente não somente faz sentido de uma perspectiva do clima. É também algo inteligente para a economia. As florestas são recursos econômicos de suma importância nos países tropicais. Protegê-las aumentará a resiliência às mudanças do clima, reduzirá a pobreza e ajudará a preservar a biodiversidade.
Seguem apenas alguns fatos para ilustrar por que as florestas são tão importantes. Primeiro, as florestas nos prestam serviços de ecossistema, tais como polinização de safras de alimentos, água e filtração do ar, bem como proteção contra inundações e erosão. As florestas também abrigam cerca de 1,3 bilhão de pessoas no mundo inteiro que dependem dos recursos florestais para subsistência. Em nível local, as florestas contribuem para a pluviosidade necessária para manter a produção de alimentos no correr do tempo. Quando as florestas são destruídas, esses benefícios são roubados da humanidade.
O
novo Relatório sobre a Economia Climática nos mostra que o crescimento econômico e a redução das emissões de carbono podem se reforçar mutuamente. Precisamos de mais inovação e mais investimentos para ter uma economia de baixo carbono. Isso requer certas escolhas fundamentais de política pública e a transformação não será fácil. No entanto, é possível e na realidade trata-se do único caminho para um crescimento e desenvolvimento sustentados. Se o uso da terra for produtivo e os sistemas energéticos forem eficientes, ambos impulsionarão um desenvolvimento econômico sólido e reduzirão a intensidade das emissões carbono.
Em âmbito mundial, os países com as grandes florestas tropicais já estão agindo.