Para um grupo ainda pequeno, mas cheio de gás, a resposta é dita em voz alta: “Pedalar é prático, divertido e colabora com a cidade”.
Os 70 ciclistas participaram de um passeio organizado na última semana pelo Projeto Mobilidade nas Empresas, do Banco Mundial. A iniciativa busca melhorar o trânsito em uma das regiões mais congestionadas de São Paulo: a Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini.
Para isso, o projeto mostra a empresas e funcionários o que é preciso para o teletrabalho, as caronas e as bicicletas substituírem a solidão ao volante. Quem opta pelas bicicletas, por exemplo, logo descobre o trabalho da Bike Anjo, que ajuda a encontrar as melhores rotas e a pedalar com segurança.
Os voluntários da ONG, aliás, fizeram jus ao apelido de “anjos” nas duas horas de pedalada: organizaram os ciclistas para ninguém ocupar a mesma faixa dos carros, ficaram de olho nos cruzamentos... Ainda acalmaram aqueles que buzinavam com impaciência ou fingiam acelerar de propósito (!).
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Mas, no percurso, também ficou claro que pode existir amor no trânsito de SP. No caminho, havia motoristas cuidadosos, pedestres filmando com o celular ou gritando palavras de incentivo, e até mães de santo dando fitinhas do Senhor do Bonfim.
Agora, além do apoio espiritual, os participantes do projeto buscam medidas práticas para que os trabalhadores tenham condições de adotar o novo estilo de vida.
“Os prédios de escritórios precisam ser adaptados para ter bicicletários seguros, vestiários com chuveiros, etc.”, resume Diego Canales, ciclista e especialista em transportes no Banco Mundial.
Só com ações como essa, avaliam ele e outros participantes, a bicicleta passará de segredo que pode mudar o mundo -- e coisa de iniciados -- a veículo para um câmbio definitivo no trânsito local.
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