O casamento infantil é um fenómeno que tem contribuído para que as pessoas, principalmente as meninas não tenham um futuro promissor no meu país. Sendo algo capaz de atrasar e distorcer o crescimento psicológico e físico da vítima; reflete também o alto nível de mortalidade e baixa estatura no país, como também o baixo nível de desempenho escolar que são prejudiciais ao crescimento económico.
É possível acabar com o casamento infantil, definindo políticas públicas bem claras e sustentáveis afim de pôr cobro a essa situação segundo as seguintes soluções concretas:
- Lançar campanhas de sensibilizações de concientização dos pais, encarregados de educação e meninas, com o objectivo de quebrar mitos e tabos acerca do casamento infantil e consequentemente mostrar as desvantagens do mesmo;
- Investir na escolarização das meninas dando-lhas acesso a todo tipo de aprendizagem: criando centros de formação técnico profissional e incentivando-as;
- Investir na alfabetização dos pais e encarregados de educação afim de facilitar o diálogo e na advocacia contra o casamento infantil;
- Uniformizar as leis nacionais e internacionais que dizem respeito ao casamento: As leis em muitos países permitem o casamento de crianças. Isto é o casamento de meninas e meninos com menos de 18 anos de idade. A idade mínima legalmente é inferior a 15 em alguns países, no caso concreto do meu país é 16 anos, enquanto que a CDC ( Convenção dos direitos da Criança) diz que é até 18 anos; é uma tremenda contradição que não permite uma advocacia sã à luta de casamento infantil;
- Adicionar a Saúde Sexual e Reprodutiva nos currículos escolar: porque se uma menina ficar gravida antes da idade, provoca casamento arranjado e infantil;
- Criação de clubes nas escolas, na qual o debate sobre o casamento infantil e gravidez precoce serão objectivos principais;
- Criação de programas radiofônicos e televisivos de sensibilização ao nível nacional;
- A criação das leis que proibem o casamento infantil e a sua aplicabilidade;
- A criação de um Guia- livro de informação (puberdade, o corpo da mulher, mestruação) sobre a prevenção de gravidez precoce indesejada;
- Distribuição de pensos higiênicos em todo território nacional, assim puxa a consciência das meninas para despertar do que é real sobre as suas vidas, desvincunlado assim dos discursos da Comunidade;
- Criação de um Centro de acolhimento para as meninas vítimas de casamento infantil (quando uma menina é vítima de casamento infantil na qual tem intervenções de impedimento, não consegue viver no seio da família por causa da coacção) para que haja um futuro para ela sem que queira ir ao casamento por medo de ser rejeitada pelos familiares, é preciso que haja um centro que esteja ao seu despor;
- Envolver as entidades religiosas na advocacia contra casamento infantil (evidenciando o trecho que fala sobre o casamento no Alcorão) ;
- Criar projectos destinados a erradicação de gravidez precoce e mutilação genital feminina porque tem uma ligação forte que forçam o casamento infantil;
A meu ver, eu constato que, pondo em prática esses pontos que acima referi, os transformado nas ações bem concretas e definir as estratégias para a sua execução, vamos conseguir os resultados que queremos para pôr fim ao casamento infantil e consequentemente a gravidez precoce. Porque não se pode lutar para pôr fim ao casamento infantil, sem que haja estratégias para eliminar as suas principais causas: principalmente os tabus e os mitos, pobreza e pressão social, pois a ideia de insegurança social tem sido também a causa de casamento infantil. Portanto, vendo a possibilidade de como podar essas inseguranças vai ser um passo significativo na luta.
Não se deve continuar a roubar os sonhos das crianças por causa de Dotes, religião mal interpretada, direito Civil, etc. É preciso pôr cobro a essa situação.
Nascemos para termos o direito de escolhermos o que queremos fazer para e com as nossas vidas...
Por isso é urgente envolver todas as autoridades da decisão, principalmente a Assembleia Nacional Popular porque as crianças estão morrendo vivas sem sonhos.
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