A equipe do LAC Equity Lab do Banco Mundial está começando uma série de postagens para apresentar nossos gráficos e visualizações favoritos que ajudam a entender as tendências recentes da pobreza e desigualdade na América Latina e Caribe. Seus comentários e ideias são bem-vindos, e convidamos você a acessar os sites do LAC Equity Lab e World Bank Poverty para saber mais.
Nesse primeiro segmento, abordamos uma questão fundamental para a região: o crescimento da renda e suas implicações sobre a desigualdade.
Crescimento da renda na América Latina deixou de ser pró-pobre durante a desaceleração econômica
Fonte: SEDLAC (Banco Mundial e CEDLAS). Nota: As curvas de incidência de crescimento (GIC, da sigla em inglês) mostram a taxa de crescimento anualizada da renda para cada percentil da distribuição de renda e são calculadas utilizando dados agregados harmonizados de 17 países. A fim de analisar o mesmo conjunto de países a cada ano, interpolações foram utilizadas quando dados não estavam disponíveis para um determinado ano.
Sabemos que a desaceleração econômica afetou todo o mundo, e a América Latina não foi exceção. O que esse gráfico mostra, no entanto, é como isso se manifestou em uma redução no crescimento da renda das famílias mais pobres desde 2010. Ainda que as famílias mais pobres ainda estejam vendo a renda crescer, ela não aumenta de forma tão rápida como nos anos anteriores. Entre 2003 e 2008, o crescimento da renda dos mais pobres foi mais que o dobro dos mais ricos. Entre 2010 e 2013, contudo, o incremento da renda foi praticamente igual ao longo de toda a distribuição, cerca de 4%, uma queda de quase 50% para os mais pobres.
O que isso significa? Esta taxa de crescimento similar para todos os níveis de renda poderia significar que os ganhos alcançados pela região em termos de redução de desigualdade tenham estancado. Em um relatório recente, mostramos que a desigualdade de renda estagnou após a desaceleração econômica. Ao longo da primeira parte da década de 2000, impulsionados por um rápido crescimento de renda entre os mais pobres, os níveis de desigualdade caíram consideravelmente. No entanto, desde o início da desaceleração, os mais pobres não estão mais reduzindo a diferença de renda com relação aos mais ricos.
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